Portugal atingiu na sexta-feira o número máximo de incêndios deflagrados este ano, com 121 ignições, anunciou este sábado a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), apelando à população para ter especial cuidado face ao esperado agravamento do calor.
No "briefing" à comunicação social, realizado pelas 12h00 na sede do organismo, em Carnaxide (Oeiras), o comandante André Fernandes destacou que há três incêndios a gerar maior preocupação no combate às chamas, nomeadamente em Ourém (distrito de Santarém), Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) e Vale da Pia (distrito de Leiria).
"Há um agravamento da situação, nomeadamente na região sul. Estamos a viver uma situação quase inédita do ponto de vista meteorológico. A situação vai-se manter e é proibido usar maquinaria nestes dias que se seguem para baixarmos o número de ignições, que têm vindo a aumentar", afirmou o responsável da ANEPC, destacando que as 121 ignições registadas "são o máximo deste ano".
Para o incêndio de Ourém, que já só tem 20% do perímetro ativo, estão destacados 381 bombeiros, acompanhados de 179 veículos e seis meios aéreos.
Em Carrazeda de Ansiães, encontram-se 139 bombeiros, 69 veículos e quatro meios aéreos.
Em Vale da Pia, que tem agora, apenas, um setor ativo, combatem as chamas 173 bombeiros, 74 veículos e sete meios aéreos.
Seis distritos de Portugal continental estão em alerta laranja, o segundo mais elevado, desde sexta-feira, devido ao risco elevado de incêndio florestal. Seis outros serão elevados a estado de alerta especial.
Viseu, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Santarém são os seis distritos originais. Serão acrescentados Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro, disse o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
A situação de alerta decretada pelo Governo devido ao “significativo aumento do risco de incêndio rural” começou às 00h00 de sexta-feira e prolonga-se até ao dia 15 de julho.