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O primeiro-ministro, António Costa, não quis pronunciar-se sobre a forma em concreto como a Assembleia da República vai assinalar os 46 anos do 25 de Abril, mas desculpou a polémica que tem causado com o “cansaço” que todos os portugueses começam a sentir e pediu “bom senso” em todas as celebrações.
“Estamos a chegar a uma fase em que - por cada vez maiores necessidades económicas e sociais e cada vez maior cansaço e fadiga relativamente às medidas de contenção -, está tudo a ficar excessivamente nervoso para o que é recomendável depois da forma exemplar como temos vivido todos estes período”, começou por dizer o primeiro-ministro quando foi questionado sobre a polémica que a celebração parlamentar do 25 de abril está a causar mesmo entre socialistas.
“Temos sobretudo de nos conduzir com bom senso”, pediu o primeiro-ministro, lembrando que a Assembleia da República tem mantido a sua atividade com níveis limitados de participação e que o Governo até mudou as reuniões do conselho de ministros para o Palácio da Ajuda de forma a poder manter reuniões presenciais, mas com espaço para o distanciamento que é aconselhável.
“Temos conseguido também viver neste período de estado de emergência sem suspender o nosso regime democrático”, acrescentando que não se quer “pronunciar sobre o que é a vida interna da Assembleia que tem vindo a manter o seu funcionamento”.
O primeiro-ministro falava depois do encontro que teve esta segunda-feira de manhã com o cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destinado a começar a preparar o levantamento de restrições às celebrações religiosas. E, na resposta sobre o 25 de abril, acabou por dar também o exemplo da Igreja Católica.
“Não é momento para divisões, é tempo para nos mantermos unidos se seguir o exemplo que a Igreja Católica tem dado relativamente à forma como devemos celebrar os valores de cada um, a fé de cada um, naturalmente tendo em conta o que são as necessidades de todos contribuirmos para controlar esta pandemia”, salientou António Costa.