O ministro da Saúde confirma que Fernando Araújo aceitou o convite para ser o primeiro diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde. O governante fez o anúncio em conferência de imprensa, durante a qual enalteceu as características do novo responsável, até agora presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, no Porto.
"É uma personalidade bem conhecida dos portugueses", disse Manuel Pizarro, lembrando o seu percurso como médico, professor universitário, gestor e antigo secretário de Estado.
Julgo que ninguém no país, e sobretudo no
setor da Saúde, tem quaisquer dúvidas de que é uma personalidade com todas as
condições para dar ao SNS um aporte em matéria de gestão que todos julgamos ser
necessária", afirmou.
O ministro esclareceu ainda que a direção executiva do SNS vai ficar localizada no Porto e que vai entrar plenamente em funções a partir de 1 de janeiro de 2023, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado.
Questionado sobre se o novo organismo terá os recursos financeiros necessários, Manuel Pizarro assegurou que existem "recursos financeiros para que o SNS funcione de forma adequada", mas disse ainda duvidar "que as maiores dificuldades do SNS sejam de recursos financeiros".
"São sempre precisos mais, mas temos também de olhar para a necessidade utilizar de forma mais eficiente e mais eficaz os recursos que estão hoje ao nosso dispor e eu diria que uma parte do trabalho que nós vamos pedir à direção executiva e que a direção executiva terá de realizar é mesmo de garantir uma maior eficiência na utilização dos recursos", reforçou.
O novo diretor executivo do SNS Fernando Araújo também fez uma curta declaração, revelando que aceito o convite "com sentimento de dever na defesa intransigente do nosso SNS, dos seus profissionais e os seus utentes, que é para eles que trabalhamos todos os dias".
A direção executiva do SNS vai coordenar toda a resposta assistencial do SNS, assegurando o seu funcionamento em rede, e passa a gerir também a rede nacional de cuidados continuados integrados e da rede de cuidados paliativos, até agora da responsabilidade das administrações regionais de saúde.