A Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais desdramatiza as críticas feitas pelo presidente da Liga dos Bombeiros e defende a estratégia de combate a incêndios como a mais adequada.
António Nunes alertou, em entrevista ao Hora da Verdade da Renascença e Público, para o que diz ser uma deriva perigosa. Em causa está o facto de estratégia de combate incorporar experiências de outros países.
Na resposta, Tiago Oliveira, presidente da Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais, pede humildade e defende o plano definido.
“Naturalmente, que vai haver um aqui um processo de adaptação à cultura portuguesa de um conjunto de standards operacionais que demora o seu tempo”, adianta.
Nestas declarações à Renascença, o responsável frisa que “nós temos que adaptar standards internacionais” de forma mais “correta e, portanto, é uma visão diferente”, acrescentando que não vão “copiar, mas podemos todos aqui ficar mais ricos ouvindo os outros”.
“Temos que ser humildes e dizer esta capacidade de absorver conhecimento”, conclui.
Na entrevista ao programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal Público, António Nunes defendeu que as soluções usadas nos EUA, Austrália, Chile ou Canadá no combate aos fogos florestais não servem para Portugal, deixando mesmo a acusação de que há “uma deriva perigosa” na estratégia de combate aos incêndios.
“O nosso território, a nossa interligação e interface meio urbano-meio florestal não se coaduna com essas técnicas, na nossa opinião. É evidente que há especialistas que dirão que se coaduna. Nós dizemos que não”, disse o presidente da Liga dos Bombeiros.