Começou este domingo, a operação das Nações Unidas para a retirada de civis do complexo da Azovstal, em Mariupol. A indicação foi dada inicialmente à agência Reuters por um porta-voz da ONU.
De acordo com esta fonte, os funcionários chegaram à fábrica no sábado. A evacuação do local está a ser coordenada com a Cruz Vermelha e com as autoridades ucranianas e russas.
Entretanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também confirmou o início da operação. Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Zelenskiy diz que uma centena de civis já abandonou a fábrica rumo a um lugar seguro.
O Papa Francisco fez um apelo renovado este domingo, depois da oração mariana Regina Coeli, com Francisco a concentrar o seu pensamento na cidade de Mariupol e a pedir que os corredores humanitários se concretizam e sejam seguros. "Não se rendam à lógica da violência e à espiral perversa das armas", referiu.
"O meu pensamento vai para Mariupol, cidade de Maria barbaramente bombardeiada e destruída", diz Francisco.
Numa reunião este domingo, Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, disse que conversou com seu homólogo da UE, Josepp Borrell para pedir um embargo total à importação de petróleo russo e que a Ucrânia receba o estatuto de candidato à UE.
O Governo alemão manifestou-se favorável a um embargo europeu às importações de petróleo russo, tendo ultrapassado a anterior relutância, segundo diplomatas europeus citados pelo canal público de comunicação social alemão ZDF.
Segundo as mesmas fontes, Berlim manifestou-se "claramente" a favor do embargo ao petróleo nas últimas negociações em Bruxelas, para a preparação de um sexto pacote de sanções contra Moscovo, devido à invasão russa da Ucrânia.
Entretanto, o presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, propôs hoje a confiscação de bens comerciais aos países "não amigos" da Rússia, em resposta a medidas semelhantes tomadas pelo Ocidente.
"É correto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE.
"E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país", acrescentou.
Um dia depois da destruição de uma pista do aeroporto de Odessa, a Rússia afirmou que o local do sul da Ucrânia, com mísseis de alta precisão, para destruir um hangar com armas e munições que o exército ucraniano terá recebido dos Estados Unidos e de países europeus.
"Mísseis de alta precisão Onyx destruíram perto de Odessa, num aeroporto militar, um hangar com armas e munições recebidas dos Estados Unidos e de países europeus e também destruíram a pista", anunciou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, citado pela agência de notícias EFE.
No sábado, o Comando Operacional Sul das Forças Armadas da Ucrânia confirmou que a pista do aeroporto de Odessa foi danificada e desativada pelo impacto de mísseis russos.