Estão a aumentar os casos de gripe. Segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional Ricardo Jorge, a actividade gripal está com uma tendência crescente. O vírus dominante é o B, que habitualmente afecta mais as crianças.
Desde Outubro, foram internados quatro doentes com gripe.
De acordo com o mesmo relatório, citando dados do Instituto Português do Mar e Atmosfera, no mês de Novembro, o valor médio da temperatura mínima do ar foi inferior ao normal e corresponde ao quinto valor mais baixo desde 2000.
Proteja-se do frio
A Direcção-geral da Saúde faz uma série de recomendações a propósito do Inverno, de modo a evitar complicações mais graves derivadas do frio, como doenças respiratórias e lesões.
As principais são:
- Manter o corpo hidratado e quente;
- Manter-se protegido do frio (nomeadamente, as extremidades: através do uso de um cachecol, um gorro, luvas e calçado quente);
- Manter a casa quente (entre os 18 e os 21 graus);
- Manter-se em contacto e atento aos outros;
- Estar especialmente atento caso tenha alguma doença crónica ou problema de saúde, dado que “as temperaturas extremas e frias são factor de descompensação”, diz Graça Freitas, directora-geral da saúde.
Outras recomendações importantes são:
- Manter a correcta ventilação das divisões com lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de aquecimento a gás;
- Evitar dormir/descansar muito perto da fonte de calor;
- Apagar ou desligar os sistemas de aquecimento antes de se deitar ou sair de casa;
- Promover uma boa circulação de ar, não fechando completamente as divisões da casa, mas evitando as correntes de ar frio;
- Atenção à utilização de botijas de água quente, para evitar o risco de queimadura;
- Usar várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não demasiado justas para não dificultar a circulação sanguínea;
- Fazer refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas, dando preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
- Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (por exemplo, frutos e hortícolas), pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções;
- Evitar bebidas alcoólicas, que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.
A DGS sublinha que todos estes cuidados devem ser reforçados no caso dos grupos mais vulneráveis, ou seja:
- Crianças nos primeiros anos de vida;
- Pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida;
- Portadores de doenças crónicas;
- Pessoas que desenvolvem actividade no exterior;
- Praticantes de actividade física no exterior;
- Pessoas que consomem álcool em excesso ou drogas ilícitas;
- Pessoas isoladas ou em carência social e económica.