No contexto do Ano Missionário, o 45.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica vai decorrer durante cinco dias com o tema “Liturgia e Missão”.
“A opção, este ano, foi falar e meditar à volta da missão litúrgica, (…) que é uma das dimensões da própria liturgia, quer dizer, o que a Igreja celebra impele e impulsiona à missão, à transmissão, ao Anúncio, ao testemunho”, diz o padre Luís Manuel Pereira da Silva.
Este é, por isso, um encontro “que vai tentar refletir à volta dos sacramentos da Igreja, toda a dimensão missionária de cada um dos sacramentos: sejam os sacramentos da iniciação cristã, como o batismo, crisma e eucaristia, sejam os sacramentos da cura, como a penitência e a santa unção, sejam os sacramentos do serviço, como o matrimónio e a ordem”, refere o sacerdote que faz parte da equipa do Secretariado Nacional de Liturgia.
Embora este encontro “tenha estes dois polos, liturgia e missão, no fundo abarca e reflete uma unidade que é: não há verdadeira liturgia sem missão e também não há missão sem celebração, sem liturgia”.
Este responsável admite que “é importante ajudar as pessoas a viverem a liturgia, porque a liturgia é a celebração da fé. E, portanto, uma liturgia bem celebrada, é uma liturgia bem visível, é uma liturgia consciente, é uma liturgia que emana da fé e que robustece a fé”.
Uma das mais valias desta iniciativa é o facto de “ser um Encontro de Pastoral Litúrgica (…) que faz a ponte com a vida concreta das comunidades, das celebrações. Por isso, são dias em que ali se reúnem as pessoas ligadas à liturgia através dos compositores musicais, aos regentes de assembleia, aos acólitos, aos leitores, aos ministros extraordinários da comunhão, aos presidentes das celebrações, sacerdotes, diáconos. Em conjunto, todos vamos refletindo, vamos partilhando algumas experiências, de forma a pôr em comum, a nível nacional, todo o caminho que se vai fazendo da reforma litúrgica em Portugal”.
Participam neste encontro “um leque muito vasto desde jovens dos 14/15 anos para a frente, até pessoas que, por amor à liturgia e pela sua fé, servem as comunidades com os diferentes ministérios e que às vezes têm 70 e até 80 anos”.
Todas elas “vêm aprofundar, vêm trabalhar, vêm em conjunto crescer no trabalho da liturgia, na forma de celebrar a liturgia”, diz o padre Luís Manuel Pereira da Silva.
Para além das conferências, estão ainda previstos momentos de oração, como laudes, vésperas e missa. E ainda a celebração penitencial, vigília, adoração. Serão momentos em que todos podem “aprender uns com os outros”.
O Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica começa esta segunda-feira às 17h e encerra no próximo dia 26 de julho depois da eucaristia marcada para as 11h, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima.