O furacão Kirk, que atingiu Portugal dos últimos dias, deixou um rasto de destruição e provocou prejuízos aos agricultores do norte e centro do país. Queda de árvores é a ocorrência mais denunciada à Confederação de Agricultores em Portugal (CAP), que vai recorrer a apoios do Estado para tentar recuperar a produção dos agricultores.
Em declarações à Renascença, o secretário-geral da CAP, Luís Mira, diz esperar que o Governo "ponha em funcionamento rapidamente" os meios para auxiliar os produtores na "recuperação de uma parte daquilo que foi destruído". "Existem meios que o Governo dispõe, através de mecanismos comunitários que permitem fazer a reposição do potencial produtivo", afirma.
Embora o levantamento de todas as ocorrências esteja a ser processado durante todo o dia desta quinta-feira, diz não ter dúvidas que as "linhas de reposição do potencial produtivo têm capacidade financeira" para dar resposta a todos os lesados. Os valores concretos de prejuízos serão conhecidos nos próximos dias.
Luís Mira revela ainda que, desde quarta-feira, têm chegado à CAP inúmeras "imagens dramáticas" e denúncias de perdas sobre a passagem da tempestade pelo norte e centro do país.
Lamego, Carrazeda de Anciães, Moimenta da Beira e Mondego são algumas das zonas que sofreram um maior número de perdas. Num balanço geral do que já tinha sido analisado, as situações mais críticas acontecem nos pomares, onde "houve mesmo o arranque das árvores".
"Isto são situações completamente anormais e que não há maneira de serem evitadas", conclui.