O filósofo José Gil considerou que a derrota de Fernando Medina, em Lisboa, para as eleições autárquicas, foi "uma expressão de algo que aconteceu em vários pontos do país".
"O PS fez uma campanha numa gritaria extraordinária. O primeiro-ministro gritou mais alto que André Ventura, que, na noite de domingo, desapareceu", disse, à Renascença, animado, pela surpresa do líder do de Lisboa.
"Ganharam aqueles que não são pelitruantes. São o contrário. Como Carlos, Moedas, Santana Lopes e Rui Moreira, indicou.
António Costa foi demasiado "tonitruante e, por isso, acabou por perder votos", analisou o filósofo.
"E depois apareciam aqueles que não diziam nada e os portugueses "quiseram requalificar"
José Gil pensa que a vitória de Moedas vai dar "um verdadeiro ânimo à estratégia do PSD", mas não serão estes resultados "a apagar quatro anos de desaparecimento do PSD".
O filósofo acredita que o balão de André Ventura "ainda tem margem para crescer", mas pouco mais. O Chega ainda está a conquistar descontentes, "contudo faltam-lhe ideias".
José Gil concluiu, dizendo que o PCP tem continuamente "definhado desde que foi convidado, por António Costa, a integrar o sistema. E o mesmo "pode acontecer ao BE".