ADN alerta para lacunas no serviço regional de saúde da Madeira
20-09-2023 - 13:52
 • Lusa

Miguel Pita lamenta que continue a não ser possível fazer transplantes de medula óssea no arquipélago.

O cabeça de lista do Alternativa Democrática Nacional (ADN) às eleições de domingo na Madeira alertou esta quarta-feira para "algumas lacunas" no serviço regional de saúde, lamentando que continue a não ser possível fazer transplantes de medula óssea no arquipélago.

"Fala-se muito que somos autónomos em termos de saúde, mas na verdade um transplante de medula óssea não pode ser feito, nem é feito ainda na região, o que é um bocado estranho nos tempos que correm e depois de tantos anos e de tanto investimento no Sesaram [Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira], que o dador e o recetor tenham de se deslocar ao continente para efetuar um transplante de medula óssea", disse Miguel Pita.

Segundo o candidato, a situação foi-lhe relatada hoje, dia em que reservou parte da manhã para doar sangue no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Outra situação que o cabeça de lista do ADN disse ter-lhe sido apontada tem a ver com a necessidade de substituir as arcas que conservam o sangue. .

"As arcas que conservam o sangue estão obsoletas, deve haver um investimento nessas arcas de maneira a que não se percam as reservas que nós temos", afirmou Miguel Pita em declarações aos jornalistas à porta do hospital, acompanhado de alguns elementos da candidatura do ADN.

Relativamente à doação de sangue que fez esta manhã, o cabeça de lista do ADN recusou tratar-se de uma "medida populista", salientando que é dador há 30 anos e tem já 91 doações feitas. .

"Portanto, não faço dádivas de sangue apenas em período eleitoral", argumentou, apelando a que os outros candidatos às legislativas madeirenses também façam doações de sangue.

Sobre as expectativas do ADN para as eleições de domingo, Miguel Pina reiterou que o objetivo é "eleger um grupo parlamentar", embora considere que, "se for apenas um deputado eleito", será igualmente positivo. .

"Não quero acreditar que madeirenses estejam dispostos a mais quatro anos de maioria absoluta", acrescentou, lembrando a "arrogância e a prepotência" da maioria absoluta do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, que se volta a candidatar.

Nas últimas regionais da Madeira, ainda com a designação de PDR, o ADN obteve 0,43% dos votos (603), falhando a conquista de representação.

O cabeça de lista do ADN às legislativas da Madeira, ex-militante do Chega, foi rosto de várias manifestações contra o excesso das medidas restritivas aquando da pandemia de covid-19 aplicadas na Madeira.

Em 2021, Miguel Pita, gerente hoteleiro, foi candidato do Chega a uma junta de freguesia e, dois anos mais tarde, concorreu pelo partido às legislativas nacionais.

Foi convidado para ser cabeça de lista do ADN em fevereiro, mas levou até julho para aceitar, devido "à experiência traumatizante com o Chega".

Às legislativas da Madeira de domingo concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, os sociais-democratas elegeram 21 deputados e o CDS-PP três deputados parlamentares. O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

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VAM // MCL.

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