As autoridades administrativas da capital ucraniana, Kiev, apelaram aos residentes para procurarem abrigos, durante a madrugada desta terça-feira.
Chegou a ser emitido um novo alerta para a possibilidade de ataque aéreo, entretanto já levantado.
Na sua conta de Telegram, o chefe da administração militar da cidade, Serhii Popko, escreve que “o inimigo lançou um ataque complexo a partir de diferentes localizações, em simultâneo, com recurso a drones, mísseis de cruzeiro e provavelmente mísseis balísticos”.
O mesmo responsável refere-se a um ataque aéreo “excecionalmente intenso”, com um “número máximo de mísseis de ataque, no menor espaço de tempo”, assegurando que a "grande maioria" dos mísseis apontados para Kiev foi “destruída”.
Já citado pelo jornal Kiev Independent, o autarca da cidade, Vitalii Klitschko, dá conta de que os destroços de um míssil caíram no território de um jardim zoológico, na zona de Shevchenkivskyi, adiantando que os serviços de emergência estavam a deslocar-se para o local.
Vitalii Klitschko adianta ainda que foi atingido um edifício residencial na zona de Solomianskyi, sendo que informações preliminares, ainda não confirmadas, apontam para a possibilidade de terem sido registados três feridos.
Foram relatadas explosões, em várias cidades ucranianas, às primeiras horas desta terça-feira.
França disponível para treinar pilotos ucranianos
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensk, acaba de terminar um périplo de três dias na Europa durante o qual procurou ajuda militar e diplomática, entre os seus aliados.
Zelensky insiste na necessidade de reforçar a defesa aérea e defende o que diz ser uma “coligação de caças”.
A partir de França, na noite de segunda-feira, o presidente Emmanuel Macron deixou em aberto a possibilidade de fornecer caças ao exército de Kiev.
Em entrevista ao canal de televisão TF1 diz que essa “não é uma questão tabu” e que para já, o país está disponível para treinar os pilotos ucranianos.
“Abrimos a porta a treinar os pilotos. O treino pode começar agora mesmo (…). Não há qualquer tabu. Seguimo sempre a mesma linha e a França mantém a mesma posição, ajudar a Ucrânia a resistir”, afirmou.
A guerra na Ucrânia será um dos assuntos dominantes na Cimeira de chefes de Estado e de Governo do Conselho da Europa, que vai decorrer a partir desta terça-feira na Islândia.