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O Irão lançou este sábado cerca de duas centenas de mísseis e "drones" com bombas contra Israel, avançam as Forças Armadas israelitas e a Guarda Revolucionário do Irão.
Os houthis do Iémen e o grupo libanês Hezbollah, membros do "Eixo de Resistência" do Irão, também lançaram ataques contra território israelita, indicam as agências internacionais.
Há registo de pelo menos um ferido grave, uma criança de dez anos, e de uma base militar foi atingida no sul de Israel.
"Há pouco tempo, o Irão lançou veículos aéreos não-tripulados a partir do seu território contra território do Estado de Israel", declarou o porta-voz das Forças Defensivas de Israel (IDF), num comunicado replicado pela Embaixada de Israel em Lisboa.
"O sistema de defesa aérea está em alerta máximo, enquanto os aviões da Força Aérea e os navios da Marinha estão em missão para proteger os céus do país. As IDF estão a monitorizar todos os alvos", afirma o porta-voz militar.
Israel convoca Gabinete de Guerra
A Defesa israelita está a trabalhar com os Estados Unidos para tentar intercetar os "drones" iranianos. Alguns foram abatidos no espaço aéreo da Síria e da Jordânia.
As Forças Armadas pedem à população que siga as instruções dos militares e os anúncios da IDF relativamente ao ataque em curso do Irão.
O primeiro-ministro israelita convocou o Gabinete de Guerra e publicou uma mensagem na rede social X (antigo Twitter). "O Estado de Israel é forte, as IDF são fortes, o povo de Israel é forte. Juntos resistiremos e, com a ajuda de Deus, juntos venceremos todos os nossos inimigos", declarou. Benjamin Netanyahu já reuniu o Gabinete de Guerra na sede das forças armadas em Telavive.
A informação do ataque foi avançada pela principal estação de televisão israelita Channel 12 TV e por fontes citadas pelo jornal Haaretz.
Um especialista entrevistado pelo Channel 12 TV, o general na reserva Amos Yadlin, disse que os "drones" estão equipados com 20 quilos de explosivos, cada, e que as defesas aéreas de Israel estavam prontas para derrubá-los.
Irão diz que "assunto pode ser considerado concluído"
A missão do Irão nas Nações Unidas afirma que "o assunto pode ser considerado concluído” após o ataque deste sábado e diz que os Estados Unidos não se devem intrometer no conflito entre o Irão e Israel.
“A ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco. O assunto pode ser considerado concluído”, refere a diplomacia iraniana.
Apesar do Irão admitir que o assunto pode ser dado como "concluído", Israel promete uma "resposta significativa" ao ataque deste sábado. A informação foi avançada por fonte israelita citada pelo jornal Haaretz.
O ministro iraniano da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, alertou que Teerão responderá firmemente a qualquer país que "abra o seu espaço aéreo ou território para ataques de Israel ao Irão", avança a agência de notícias iraniana Mehr.
Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio apela ao exercício da "máxima contenção" para poupar a região e o seu povo de novos fatores de instabilidade e tensão.
O Governo de Israel anunciou este sábado o encerramento de escolas, enquanto as forças armadas foram colocadas em alerta máximo devido a um possível ataque do Irão.
Esta é retaliação do Irão ao ataque de Israel contra o consulado em Damasco, na Síria, no início do mês.
Guterres diz que o mundo não aguenta mais uma guerra
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "condena veementemente a grave escalada representada pelo ataque em grande escala lançado contra Israel pelo Irão".
Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), António Guterres apela ao fim das hostilidades e diz que o mundo não pode enfrentar mais uma guerra.
"Apelo à cessação imediata destas hostilidades. "Nem a região nem o mundo podem permitir-se outra guerra", declarou secretário-geral da ONU.
Portugal "condena" ataque
O Governo português “condena veementemente o ataque do Irão a Israel”. É esta a primeira reação, através da rede social X (ex-Twitter) do primeiro-ministro Luís Montenegro.
Na mesma mensagem, Montenegro “apela à contenção, em ordem a evitar uma escalada da violência”.
Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal acompanha com "grande preocupação" a situação no Médio Oriente, após o ataque lançado este sábado pelo Irão contra Israel.
Numa mensagem publicada na rede social X (antigo X), o gabinete do ministro Paulo Rangel reage aos últimos desenvolvimentos na região.
"Acompanhamos com grande preocupação a situação no Médio Oriente. Estamos em contacto com as nossas Embaixadas e desaconselhamos quaisquer viagens na região", apela o MNE.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal renovou na sexta-feira o alerta que os portugueses "devem continuar a evitar todas as viagens não essenciais a Israel" e outros países da região. Israel está sob alerta para uma retaliação do Irão, depois do ataque de 1 de abril ao consolado iraniano em Damasco, na Síria.
O ataque do Irão contra território israelita acontece no dia em que um cargueiro com bandeira portuguesa foi capturado por forças iranianas no Estreito de Ormuz.
Portugal exige ao Irão a libertação imediata dos tripulantes e do navio, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros. Em causa está um "aprisionamento completamente contrário ao Direito Internacional", afirma Paulo Rangel.