Na sequência da "súbita e triste notícia", o dirigente da Coreia do Norte "expressou as sinceras condolências e solidariedade ao Presidente russo e, através dele, ao Governo e ao povo russos, bem como às famílias enlutadas e às vítimas", avançou a agência de notícias oficial.
A mensagem "reafirmou a posição" do regime norte-coreano "de se opor a todos os tipos de terrorismo", acrescentou a agência, declarando que "nada justifica o terrorismo hediondo que ameaça a vida humana".
Kim Jong-un afirmou ainda que espera que Moscovo e o povo russo "erradiquem as sequelas do ataque terrorista o mais rapidamente possível e tragam estabilidade às famílias e às vítimas".
Um grupo de homens armados invadiu na sexta-feira a sala de espetáculos Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nos subúrbios de Moscovo, abrindo fogo sobre os presentes no auditório.
Ao tiroteio seguiram-se várias explosões de bombas que provocaram um grande incêndio e dificultaram a retirada do público.
O grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, afirmando que este se insere no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.
O Presidente russo condenou o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento" e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram, desde a primeira hora, qualquer envolvimento no ataque.