O líder do PSD anunciou esta terça-feira o voto contra a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020, na generalidade. Rui Rio falava no encerramento das jornadas parlamentares do partido.
"Estas proposta de Orçamento não tem um rumo estratégico. Não tem estratégia, tem um objetivo tático, político: anuncia um conjunto de medidas simpáticas de redistribuição de rendimentos", afirma Rui Rio.
O secretário-geral do PSD fala numa proposta de OE pouco transparente e questiona mesmo o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre o que diz ser a "evaporação de 590 milhões de euros".
"Há garantias de que este Orçamento é real, é isto que vai ser executado, ou é uma peça relativamente fictícia, em que o ministro das Finanças depois decide o que vai ou não ser executado?"
Onde param os milhões?
“O senhor ministro das Finanças veio dizer uma série de inverdades. Perguntámos onde estão 590 milhões de euros que se evaporam de um quatro para o outro?”, atira o líder social-democrata.
Rui Rio olha para o documento apresentado pelo Governo e não encontra "um objetivo que se pretenda chegar de médio prazo".
Considera que o primeiro-ministro, António Costa, não usa a política orçamental para objetivos de natureza económica nem há uma "aposta efetiva nas pequenas e médias empresas".
Numa reação ao anúncio de Rui Rio, a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, disse que voto contra a proposta do Governo de Orçamento para 2020 aconteceu, sobretudo, por causa das eleições internas no PSD.
"O presidente do PSD não apresentou a real razão pela qual não quer votar esta proposta de Orçamento do Estado, porque falou para dentro do seu próprio partido, para a disputa interna e para os seus adversários. Rui Rio anunciou o voto contra aos seus adversários", sustentou Ana Catarina Mendes.