Agustín Marchesín estará de saída do FC Porto para a liga espanhola. Na sombra de Diogo Costa, guarda-redes estará à procura de novo desafio que o permita jogar com a regularidade que lhe faça merecer chamada para o Mundial do Qatar. No entanto, a saída pode ser "um pau de dois bicos".
Jorge Amaral, antigo guardião dos dragões, compreende que o argentino queira jogar, mas pode sair ainda mais desvalorizado por jogar num clube de menor dimensão.
"O Celta de Vigo ou Almería não lhe dão tanta projeção. É um guarda-redes de equipa grande e está habituado a não sofrer muitos golos. Espero que escolha uma equipa que lhe dê garantias de poder fazer uma boa época e que não lute pelos últimos lugar. Estar numa equipa de menor valor pode desvalorizá-lo ainda mais", disse, a Bola Branca.
Sérgio Conceição revelou o desejo de manter todos os jogadores do plantel, depois da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira.
Ainda assim, Jorge Amaral não acredita que, a consumar-se a transferência, se abra um novo mal-estar de Conceição e SAD.
"Não acho que seja um caso. Tem legitimidade de querer todos os jogadores e contar com dois guarda-redes de qualidade, e ainda o Cláudio Ramos, que também o é. Ter Diogo Costa e Marché é talvez um desejo de muitos clubes do mundo. Compreendo a parte do guarda-redes, porque tem 34 anos e o Mundial à porta, quer jogar com regularidade para estar lá e pode forçar a situação", reconhece.
Saída justifica reforço
Sem Marchesín, o antigo jogador concorda que o FC Porto vá ao mercado reforçar-se em vez de puxar um jovem da formação, para se juntar a Diogo Costa e a Cláudio Ramos.
"Acho que o Cláudio Ramos está à altura da baliza do Porto. Deveriam agarrar alguém que pudesse projetar a baliza do Porto para uns anos mais à frente, alguém que pudesse ter entrada direta", termina.