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Eduardo Pereira, 32 anos, é um dos responsáveis pelo movimento “Braga SOS Ucrânia” que, em 24 horas, conseguiu juntar perto de 700 voluntários e 60 pontos de recolha de bens de primeira necessidade para levar até à fronteira com a Ucrânia.
“Não é que a resposta da sociedade nos surpreenda, mas não contávamos que isto ganhasse esta proporção”, confessa o gestor.
Eduardo conta que o objetivo "era fazer algo à escala daquilo que nos era possível, mas rapidamente percebemos que a resposta estava a ter outro impacto que nos ultrapassou”.
Da ideia de um grupo de amigos nasceu um centro logístico, em Padim da Graça, em Braga, onde turnos de voluntários selecionam e organizam os donativos. Trata-se de um movimento que, através do voluntariado e da solidariedade, contribui também para a “união” da sociedade em torno dos “valores europeus”, acredita o jovem.
“Sinto que, para além do contributo que estamos a dar para quem lá está, que há um grande contributo que é dado cá no reforço dos nossos valores. Num momento de guerra, opressão e de ódio por parte de alguns, estamos a cultivar e a reforçar esta união pelos valores europeus”, destaca.
Rumo à fronteira com a Ucrânia já seguiram, numa semana, três camiões e uma carrinha de ajuda humanitária. Mas, ainda, há trabalho pela frente, diz-nos Eduardo Pereira que apela à doação, sobretudo, de material médico.
“Há uma necessidade grande em bens médicos, fármacos e equipamentos de primeiros-socorros. A par disso, há necessidade de roupa interior e produtos de higiene pessoal, bem como roupa quente. Estas são as prioridades que nos são indicadas por quem está lá [na fronteira] a fazer a recolha”, remata.