O número de mortos causado pelas operações militares israelitas na Faixa de Gaza atingiu os 20.674 desde o início da guerra a 7 de outubro, revelou esta segunda-feira o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
A mesma entidade, citada pela agência AFP, refere que o número de feridos ascende já a 54.536.
Na véspera, o Ministério da Saúde local calculava em 20.424 o número de mortos, estimando que mais de 70% fossem civis, incluindo mais de oito mil crianças, e que cerca de 7.500 mortos permanecessem ainda debaixo dos escombros dos edifícios alvo dos bombardeamentos israelitas.
Entretanto, o Egito propôs no sábado ao grupo islamita Hamas uma trégua de "duas ou três semanas" em troca da libertação de 40 reféns israelitas, como parte de um plano para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
Fontes palestinianas citadas pela agência EFE disseram que uma delegação do Hamas viajou para o Qatar, onde se encontra o seu escritório político, para avaliar a proposta, que o Egito também apresentará à delegação da Jihad Islâmica, chefiada pelo seu secretário-geral, Ziad Najalah, que chegou no sábado ao Cairo para discutir a situação no enclave.
A iniciativa apresentada pelo Egito ao chefe da ala política do Hamas, Ismail Haniye, é composta por três pontos: o primeiro prevê uma trégua de duas a três semanas em troca da libertação de 40 reféns israelitas detidos pelo Hamas.
O segundo ponto propõe um processo de conversações inter-palestinianas que conduza à formação de um governo tecnocrático em Gaza.
O terceiro e último ponto propõe a cessação total da guerra, um acordo global de troca de prisioneiros e reféns entre as duas partes e a retirada de Israel de Gaza, disseram as fontes.
O Egito apresentará este plano ao secretário-geral da Jihad Islâmica, a fim de consolidar a posição palestiniana relativamente a esta iniciativa.
A proposta egípcia surge quando os ataques aéreos israelitas estão a atingir fortemente o centro e o sul de Gaza, destruindo edifícios com famílias abrigadas lá dentro.
No campo de refugiados de Maghazi, equipas de resgate retiraram dezenas de corpos dos destroços horas depois de um ataque ter destruído um prédio de três andares e destruído outros nas proximidades.
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), pelo menos 106 pessoas foram mortas, de acordo com registos hospitalares, tornando-se um dos ataques mais mortíferos da campanha aérea de Israel.