O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, admite não se recandidatar a novo mandato no partido depois de os sociais-democratas obterem um "dos piores resultados de sempre" na sua história.
"Eu não me vou demitir hoje ou amanhã. Farei uma reflexão aprofundada sobre as condições para me submeter a um novo mandato", disse Passos, este domingo, explicando que essa reflexão será feita com a sua comissão política, mas será, sobretudo, uma reflexão pessoal. "Vou avaliar se politicamente faz sentido ou não propor-me a um novo mandato dentro do PSD”.
“Disse que não me demitiria em resultado de eleições locais e mantenho aquilo que disse, não seria um bom princípio, mas farei a minha avaliação para ver se tenho condições para novo mandato”, disse.
Sobre o "timing" em que fará essa reflexão, o líder do PSD não esclareceu se ela estará concluída a tempo do Conselho Nacional da próxima terça-feira, mas prometeu que não demorará muito tempo.
O líder social-democrata reconhece que “evidentemente há sempre leituras nacionais. Não posso deixar de assumir responsabilidade por esse resultado”.
Passos Coelho admitiu que o partido não só não alcançou o objectivo a que se tinha proposto de conquistar mais câmaras e mandatos como deverá, até, ter um resultado inferior ao de 2013, que já tinha sido o pior resultado de sempre dos sociais-democratas em eleições autárquicas.
“Tudo indica que teremos tido um dos piores resultados de sempre do PSD, pior do que teve em 2013”, acrescenta. "O resultado desta noite foi um resultado muito pesado para o PSD e eu não gosto de fugir às minhas responsabilidades", afirmou.
Passos Coelho aproveitou as declarações na sede do partido para “cumprimentar o PS pela vitória”, que “reforçou o número de câmaras e mandatos”.
Na próxima terça-feira haverá um Conselho Nacional onde será feita a avaliação dos resultados autárquicos.