O presidente da Associação de Turismo de Lisboa considera que a greve de sete dias dos tripulantes da TAP, entre 25 e 31 de janeiro, é “muito negativa”, especialmente numa altura de recuperação da atividade turística.
Em declarações à Renascença, Vítor Costa explica que, apesar de janeiro e fevereiro serem os meses mais fracos em termos turísticos, ganham cada vez mais peso os turistas que vêm de países distantes como os EUA, Canadá ou Brasil e que geram uma receita mais alta.
“É sempre negativo, especialmente numa altura em que estamos num percurso de recuperação relativamente aos anos da pandemia e com muitas ameaças, como a inflação, a subida das taxas de juro, a guerra”, diz.
Para o presidente da ATL, a greve convocada pelo Sindicato do Pessoal de Voo e da Aviação Civil é um conflito laboral que tem que ser resolvido entre a TAP e os seus trabalhadores, eventualmente com a intervenção da tutela.
Vítor Costa diz compreender o protesto, à luz das muitas más notícias que se ouvem todos os dias envolvendo a companhia aérea. “É evidente que nós também olhamos para a situação geral, vemos tanta coisa relacionada com a TAP e são argumentos para dizer: ‘Há para uns, não há para outros’. É uma conjuntura que não ajuda, mas é um problema entre as partes”, afirma.
À greve de sete dias convocada pelo SNPVAC junta-se uma outra, a 8 e 9 de dezembro do ano passado, em que os dois dias de paralisação custaram à companhia oito milhões de euros e levaram ao cancelamento de 360 voos.