O Presidente da República espera que a TAP, como outros operadores, consigam ultrapassar as dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19 para cumprir uma missão para o turismo nacional e para o turismo do Porto.
"Eu espero é que se ultrapasse essa fase porque faz muita falta, faz muita falta que quer esse operador, quer outros operadores aéreos possam cumprir uma missão para o turismo português e para o turismo do Porto", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas sobre o plano de retoma da TAP.
O chefe de Estado, que falava à margem de uma visita ao Porto, referiu que a companhia de bandeira nacional "foi muito atingida" pela pandemia e pela crise que esta originou, sendo exemplo disso o movimento nos aeroportos nacionais.
"É evidente que quanto há uma epidemia desta natureza e uma crise deste alcance, a operadora aérea nacional por excelência foi atingida, foi muito atingida, basta olhar para o panorama dos aeroportos, a começar no aeroporto Humberto Delgado [Lisboa], e ver os aviões parados às dezenas".
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "isso coincidiu com um processo, que ele próprio foi um processo lento, um processo de restruturação que está em curso e que tem um preço, esse preço é global e depois há preços específicos".
Na segunda-feira, o Jornal de Notícias avançou que o Porto "volta a ficar de fora dos planos de retoma da TAP".
Num esclarecimento enviado no mesmo dia à Lusa, a transportadora sublinhou que "não anunciou ainda o total da sua operação para o verão 2021" e que "acompanha em permanência a evolução dinâmica da pandemia e os seus impactos operacionais e a lista de rotas e voos disponível em sistema de reservas será ajustada sempre que as circunstâncias o exijam".
À data, a empresa referiu que, para "o período entre outubro 2020 e março 2021, anunciou apenas duas novas rotas", sendo "uma com partida de Lisboa e outra do Porto (Lisboa-Maceió e Porto-Sal)".
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.