Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, é o primeiro responsável pelo futebol português a comentar o caso de Luis Rubiales e o seu beijo a Jenni Hermoso.
Em declarações à margem de uma conferência de imprensa em que a Liga recebeu um certificado da SIGA sobre a integridade na sua governação, Proença abordou o caso que envolve o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol.
"Acho que as pessoas devem tirar consequências daquilo que fazem, mesmo em momentos de êxtase, mas acho que há momentos na vida em que temos de perceber, que quando assumimos determinadas responsabilidades, não nos é permitido tudo", disse.
O dirigente não "queria falar do caso em concreto, porque não o conheço em todos os seus pormenores", mas deixa algumas palavras enquanto "dirigente de uma nova geração de dirigentes".
"Quando assumimos determinadas funções, na nossa vida, temos que a assumi-las com a capacidade de perceber que, em determinados casos e em determinadas funções, não podemos praticar determinados atos", atira.
O presidente da Federação Espanhola foi suspenso pela FIFA na sequência do beijo à Jenni Hermoso na cerimónia de entregue das medalhas e da taça do Mundial de Futebol, que decorreu na Austrália e na Nova Zelândia.
A Federação Portuguesa de Futebol continua em silêncio a propósito do caso. Depois de afirmar à Renascença que "não comentaria casos internos de outras federações", a FPF garantiu à Lusa que o caso não afetava a candidatura ao Mundial 2030. Desde então, a Federação está em silêncio apesar do novo pedido de comentário da Renascença.
O Ministério Público de Espanha anunciou na segunda-feira que vai investigar o chamado caso Rubiales, por poderem estar em causa atos de agressão sexual.
A decisão tem em conta o facto de Hermoso ter garantido publicamente que o beijo em questão não foi por si consentido.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) já pediu a demissão do presidente suspenso Luis Rubiales, na sequência do caso do beijo polémico à jogadora Jenni Hermoso.