A Federação Francesa de Futebol, cuja seleção é campeã mundial em título, defendeu este domingo "a exclusão da Rússia do próximo mundial", em reação à invasão por parte deste país à Ucrânia.
"O mundo do desporto, em particular o futebol, não pode permanecer neutro. Não me oporei certamente a uma exclusão da Rússia", disse Noel Le Graet, presidente da Federação gaulesa, em declarações ao jornal francês Le Parisien, numa altura em que várias seleções, nomeadamente as da Polónia, Suécia e República Checa, anunciaram que se recusam defrontar os russos nos play-offs de acesso ao Mundial 2022.
A Polónia tem previsto defrontar os russos em 24 de março, em Moscovo, numa das partidas das meias-finais de acesso ao campeonato do Catar, enquanto suecos e checos se defrontam na outra meia-final.
A posição de recusa é partilhada por Noel Le Graet: "Nestas circunstâncias dramáticas, como poderíamos pensar em jogar futebol contra este país", disse ao Le Parisien.
A FIFA ainda não tomou qualquer medida em relação à Rússia, tendo apenas se manifestado "preocupada" com a situação "trágica e inquietante", segundo palavras do seu presidente, Gianni Infantino. De resto, a federação sueca e polaca já anunciaram que não vão jogar frente à Rússia em protesto.
Por seu turno, a UEFA já retirou à Rússia a organização da final da Liga dos Campeões, inicialmente prevista para São Petersburgo e transferida para Paris, mantendo-se a data de 28 de maio.