O novo presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, figura da oposição durante muitos anos, foi empossado, esta terça-feira, numa cerimónia na capital do país, Lusaca, prometendo aos zambianos um “novo amanhecer”.
“Chegou a altura de todos os zambianos serem verdadeiramente livres”, disse o novo chefe de Estado perante uma multidão, citado pela agência Associated Press (AP).
Hichilema prometeu entregar uma “Zâmbia unida, próspera e igualitária”.
O novo chefe de Estado, de 59 anos, venceu de forma convincente as eleições de 12 de agosto, depois de ter obtido mais de 2,8 milhões de votos, ficando à frente do presidente cessante, Edgar Lungu, que reuniu a preferência de 1,8 milhões de eleitores.
Esta foi a sexta vez que Hichilema se candidatou à Presidência zambiana desde 2006, quando se tornou líder da oposição. Nas duas últimas eleições, Hichilema aumentou a sua popularidade, tendo perdido o escrutínio de 2016 por cerca de 100.000 votos.
A investidura de Hichilema marca a terceira transferência de poder pacífica entre partidos opositores na história da Zâmbia, cimentando o histórico descomplicado das transições no país.
Num estádio na capital que esgotou a sua capacidade de 60.000 pessoas, Hichilema agradeceu aos jovens os seus votos, prometendo-lhes empregos e apoio à criação de empresas.
O novo chefe de Estado tem agora a missão de unir a população de um país com 18 milhões de habitantes que enfrenta várias divisões políticas e étnicas, expostas durante o período eleitoral.
Hichilema tornou-se, assim, no sétimo Presidente da história da Zâmbia.