José Manuel Constantino considera que o Comité Olímpico Internacional (COI) tomou a "decisão mais sensata" ao adiar os Jogos de Tóquio para 2021. O presidente do Comité Olímpico de Portugal já tinha alertado para as consequências devastadoras que uma decisão tardia poderia causar e acrescenta que este anúncio "introduz um fator de tranquilidade num contexto que era de enorme expectativa, tensão e receio".
"Confesso que no meio desta confusão toda surpreendeu-me a rapidez da decisão, mas felicito por ter sido tão célere o anúncio dessa decisão", observa, em entrevista à Renascença. O COI acabou de ir ao encontro da pretensão de vários comités nacionais, nomeadamente o português.
José Manuel Constantino destaca, ainda, que o conteúdo da decisão, ao não existir uma nova determinada, também mostra que "existe mais ponderação". O COI pretende realizar os Jogos no Japão até ao verão do próximo ano, mantendo a denominação de Tóquio 2020
O presidente do COP aguarda agora por indicações sobre o no quadro a definir para dar oportunidade aos atletas que ainda lutam pelo apuramento para os jogos. Aqueles que já estão apurados "irão prolongar a sua preparação por mais um ano".
"Para os atletas que estão numa fase de preparação mais avançada, que estavam já apurados e que tinham o pico de forma previsto para julho, há uma perda. Aqueles que ainda não estavam apurados, pode haver um ganho, porque podem continuar a sua preparação. Mas ainda é cedo para fazer um balanço final”, contabiliza.