A Polícia Judiciária (PJ) recebeu participações de mais de 1.100 menores em Portugal, em 2021, apurou a Renascença, em vésperas do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas. O número representa uma descida em comparação com o ano anterior.
Destes menores desaparecidos, 129 tinham menos de 14 anos de idade e 976 menos de 18 anos.
Em declarações à Renascença, Patrícia Cipriano, presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas (APCD), diz que os números - que são inferiores aos de 2020 - refletem o impacto da pandemia.
“Felizmente, houve um decréscimo do número de casos de crianças desaparecidas em Portugal. No decorrer destes últimos dois anos, depois da pandemia, os números desceram muito provavelmente porque as pessoas estiveram mais recatadas e também houve, se calhar, algum decréscimo de denúncias de desaparecimento, nomeadamente institucionais.”
Para fazer face ao dilema das crianças desaparecidas, Patrícia Cipriano defende ser necessário uma maior colaboração entre o Estado e as organizações da sociedade civil.
“Deve haver também uma coordenação com as organizações da sociedade civil para acelerar a localização das crianças. Não deve haver pudores entre a colaboração Estado - organizações da sociedade civil, e mesmo entre as próprias polícias. É fundamental que haja uma coordenação e uma troca de informação sem qualquer tipo de limitações”, defende a presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas.