A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) tem a partir de agora um espaço em Lisboa para os voluntários que querem ajudar os refugiados poderem trabalhar. O espaço, localizado no Bairro do Rego, foi cedido pela Câmara de Lisboa.
Na cerimónia de entrega das chaves do espaço, Rui Marques, director da PAR (plataforma da qual faz parte a Renascença), considerou que medidas como está são “sinais muito importantes”, lembrando o difícil momento que a Europa atravessa.
“Estamos num momento crítico, num momento de definição de identidade e de que civilização queremos ser. Se perante um ISIS [Estado Islâmico] que mata, queremos ser uma Europa que deixa morrer ou uma Europa que salva. Se somos ou não fiéis à nossa matriz civilizacional de berço dos direitos humanos, de promoção do diálogo, da capacidade de conviver a partir das nossas diferenças e fazer da Europa uma realidade cada vez mais forte e que faça sentido”, afirmou Rui Marques.
Rui Marques revelou ainda que a PAR já conta com mais de cinco mil voluntários inscritos e lembrou que a ideia-chave desta organização é distribuir os refugiados para onde mais facilmente se possam integrar e não promover “um grande centro de acolhimento de refugiados” em Lisboa ou no Porto.
Já o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, lembrou que a cedência deste espaço pretende ser “um sinal político muito claro”: “É dever da Europa, é dever de Portugal e é nosso dever parar esta catástrofe humanitária que está hoje às portas da Europa."
Para o autarca, "é essencial salvar vidas humanas e recuperar a dignidade destas pessoas".
É também crucial "ajudá-los [aos refugiados], no limite das nossas possibilidades, à integração normal e à recuperação das suas vidas", salientou Fernando Medina.