A partir desta sexta-feira, os pais devem começar a entregar às escolas os manuais escolares gratuitos que receberam no início do ano letivo, para que possam ser reutilizados por outros alunos.
Os manuais devem ser entregues nas melhores condições, sem nada escrito.
Em 2020, por causa da pandemia, ninguém teve de devolver livros escolares, mas no ano letivo anterior, muitas famílias dedicaram algum tempo a apagar tudo o que os seus educandos tinham escrito antes de procederem à devolução.
A obrigatoriedade lançou algum burburinho na opinião pública e o descontentamento das associações de pais. Na Renascença, em junho de 2019, a então secretária de Estado Adjunta e da Educação considerou “fazer sentido” que as escolas estejam a pedir aos encarregados de educação para apagarem aquilo que estiver escrito nos manuais escolares que vão devolver.
“Se cada pai o fizer em três, quatro manuais, no máximo, do primeiro e segundo anos do seu filho, isso é um trabalho razoavelmente simples e rápido, que poupa o trabalho de eventualmente a escola ter de o fazer a centenas ou milhares de manuais”, afirmou Alexandra Leitão n’As Três da Manhã.
Neste ano, o Ministério da Educação avisa que o processo de devolução tem de estar concluído até ao final do próximo mês, altura em que vão ser emitidos os primeiros vouchers para que outras famílias possam beneficiar deste programa.
De acordo com o calendário definido, os manuais do 2.º ciclo do ensino básico devem ser entregues até ao dia 30 de julho, enquanto os correspondentes ao 3.º ciclo e 10.º ano têm apenas até dia 16 de julho.
As matrículas para o próximo ano letivo já começaram, mas sofreram algumas mudanças. Agora, os alunos de continuidade não precisam de se matricular, a não ser que mudem de escola, se o encarregado de educação mudar, se houver mudança de curso ou ainda de percurso formativo ou necessidade de escolher disciplinas.
Nesta sexta-feira, terminam as aulas para os alunos dos 9.º, 10.º e 11.º anos – são cerca de 240 mil alunos que hoje partem para férias, depois de mais um ano afetado pela Covid-19, que levou a que parte das aulas voltassem a ser frequentadas à distância.
Os alunos dos 7.º, 8.º e 10.º anos são os próximos a despedir-se dos colegas, no dia 23 de junho, e as crianças pré-escolar e dos dois ciclos do ensino básico terminam apenas no dia 8 de julho.