Todos sindicatos dos tripulantes de bordo, incluindo o SITAVA, afeto à CGTP, chegaram a um acordo com a administração da Transportadora Aérea Portuguesa e o Governo. Está assim assegurada a paz laboral para o plano de restruturação da empresa a que falta ainda a última palavra de Bruxelas.
Em declarações à Renascença este domingo, José Sousa, líder do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), sublinha desde o início das negociações foram colocadas linhas vermelhas e que o acordo é vantajoso para os trabalhadores.
“É um facto que houve cedências da parte dos trabalhadores, nomeadamente a aceitarem uma redução da sua retribuição, mas o que assinalamos é que a empresa teve o bom senso de vir ao encontro das posições dos sindicatos e não nos obrigarem a fazer ruturas com linhas vermelhas que nunca poderíamos ultrapassar”, diz.
Os chamados “acordos de emergência” são a condição necessária para evitar a suspensão imediata da contratação coletiva pelo facto de a TAP ser uma empresa em situação económica difícil.
Mais: os acordos com todos os sindicatos da TAP preveem cortes salariais agravados e rescisões amigáveis em lugar dos chamados pelos sindicatos "planos agressivos" de despedimento coletivo.
Quando confrontado pela Renascença com a expressão acordo histórico - por envolver todos os sindicatos -, José Sousa respondeu que “histórico” é o momento de exceção que se está a viver com a pandemia.
“Histórico é a crise que vivemos. Em relação à ajuda que os trabalhadores dão à TAP, essa não é história, porque essa já é recorrente. Por várias vezes, os trabalhadores têm sido chamados a participar na ajuda e na salvação da companhia”, afirma.