O preço dos combustíveis deverá sofrer um novo aumento máximo semanal na segunda-feira, com o litro da gasolina a subir 12 cêntimos e o do gasóleo 18 cêntimos [NOTA: A previsão foi atualizada em alta esta quarta-feira, 9 de março].
A hipótese é admitida por fontes do setor, que revelam à Renascença uma tendência de subida de preços.
Este é um dos reflexos mais evidentes da guerra na Ucrânia.
Na última segunda-feira, o preço do litro da gasolina registou uma aumento de 10 cêntimos e o do gasóleo subiu 16 cêntimos, o que constitui um máximo.
O recorde deverá, contudo, durar pouco caso se confirmem as esperadas subidas de 12 e 18 cêntimos na segunda-feira.
Ao início da noite desta terça-feira, o primeiro-ministro anunciou uma nova medida para atenuar a escalada dos preços dos combustíveis. António Costa avança que o Governo vai abdicar da receita adicional de IVA no gasóleo e na gasolina, através de uma redução temporária do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP). A medida entra em vigor na sexta-feira.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, defendeu hoje uma descida extraordinária de impostos sobre os combustíveis, nomeadamente do ISP, como resposta à situação extraordinária de aumentos de custos a que se está a assistir.
Para atenuar o aumento do preço dos combustíveis, o Governo anunciou na semana passada que o reembolso através de Autovaucher passa de cinco para 20 euros.
Em entrevista à Renascença, o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, dá conta de que nos últimos três dias foram 80 mil os portugueses que se registaram na plataforma Ivaucher, para beneficiar do Autovaucher, o apoio estatal ao abastecimento de combustíveis.
Quem se registou no Ivaucher em novembro e não fez uso do reembolso de cinco euros/mês nos abastecimentos de combustível, pode agora fazer uso e receber retroativamente a verba dos cinco meses que passaram, afirma António Mendonça Mendes.
O Presidente norte-americano proibiu, nesta terça-feira à tarde, a importação de petróleo e gás russo. O anúncio foi feito numa comunicação à imprensa a partir da Casa Branca.
Joe Biden diz ter tomado a decisão com o apoio do Senado “e certamente do povo americano”, tendo também discutido a opção com a Europa. Admite, contudo, que nem todos os parceiros europeus poderão seguir o mesmo caminho, dada a dependência energética da Rússia.
[notícia atualizada às 20h53 - com nova medida do Governo]