O número de transplantes de órgãos subiu 19%, no primeiro semestre do ano, relativamente a igual período do ano passado. Já se fizeram mais transplantes pulmonares este ano, do que em todo o ano de 2020.
Os dados são conhecidos neste que é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação.
À Renascença, a coordenadora nacional da transplantação, Margarida Ivo da Silva, revela que o pulmão é o órgão em destaque, com o melhor registo de sempre de transplantações - 34 neste primeiro semestre.
“Em anos anteriores, nunca transplantamos tanto. Temos vindo a subir desde 2019, até aqui. No ano passado, já tivemos imensos, e, este ano, já vamos muito bem com um número superior ao do ano passado e de 2019”, explica.
O coração é o outro órgão que registou uma subida nestes primeiros seis meses do ano. O órgão registou 27 transplantações, o melhor registo desde 2016.
A coordenadora nacional da transplantação revela que a taxa de aproveitamento, ou seja, a percentagem de órgãos recolhidos que foram usados, baixou ligeiramente. A especialista diz que se deve à pandemia.
Ainda assim, os números são animadores, sublinha a coordenadora nacional da transplantação.
A presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, Susana Sampaio, explica que o que se pretende com este dia, “além de homenagear todos os dadores, recetores e profissionais de saúde, é também um dia para chamar atenção para esta problemática e, principalmente, na doação em vida, que”, na opinião da presidente, “ em Portugal ainda tem muito para crescer quando comparado com alguns países da União Europeia”.
Susana Sampaio, em declarações à Renascença, sublinha que este é um dia importante para apelar a que familiares e amigos de pessoas que tenham doença renal crónica possam ajudar esses doentes com uma eventual doação.