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Dos quase três milhões de pessoas com as duas doses da vacina em Portugal, 3.580 contraíram o vírus da Covid-19. Ou seja, 0,1% do total de inoculados foi infetado após a vacinação. Esta informação foi avançada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em entrevista ao Jornal de Notícias e TSF.
Questionada sobre se existem oscilações nos resultados desses mais de 3.000 que estejam ligadas especificamente ao tipo de vacina, a responsável diz existirem "pequenas diferenças".
"Teoricamente as vacinas são mais ou menos semelhantes em termos da sua efetividade. Há pequenas diferenças, de facto há, das várias marcas. E há até pequenas diferenças entre as duas vacinas MRNA. Neste momento, pelo menos na Europa e nos Estados Unidos, nos países que fazem mais estudos, há uma assimetria imensa no fornecimento das vacinas. E portanto, as vacinas que são mais estudadas, são aquelas em que há mais milhões de doses administradas”, diz.
Apesar de admitir essas diferenças, Graça Freitas não as considera perigosas. “Acho que as pessoas devem conhecer toda a realidade e a clareza aqui é muito importante. Agora, nós só podemos comunicar com clareza quando a temos. E neste momento não dispomos, nem eu, nem a comunidade científica em geral, de dados, por exemplo, sobre a vacina da Janssen”, conclui.
Na mesma entrevista, a diretora-geral da Saúde revelou que o país está com um "excelente ritmo de vacinação", fazendo uma previsão de que "no início de setembro, cerca de 80% da população elegível recebeu uma dose, e 70% duas doses".
"Se isso acontecer, e apesar de termos a variante delta em circulação, dá-nos já um nível de imunidade bastante bom. Não havendo risco zero, e dependendo, mais uma vez, da situação epidemiológica nessa altura, creio que a tendência será para assumir a nossa vida com alívio das medidas".
No entanto, deixa um alerta: "De vez em quando, teremos de fechar a torneira, porque o vírus está com maior capacidade de expandir".