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É uma das escritoras mais lidas em todo o mundo e que acaba de lançar em Portugal o seu mais recente livro “Longa Pétala de Mar”. A chilena Isabel Allende participou esta quarta-feira à tarde na abertura da edição digital do Festival Literatura em Viagem, organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos.
Numa sessão de uma hora, de acesso gratuito através da página de Facebook da autarquia foi possível ouvir a autora a falar, em direto, a partir da sua casa na Califórnia.
Questionada sobre o atual quadro de pandemia que obriga ao confinamento, a autora do conhecido livro “A Casa dos Espíritos” falou do perigo do condicionamento da liberdade individual.
“Acho que a liberdade individual está ameaçada, porque há que considerar o bem coletivo, mas com isso é preciso ter muito cuidado, porque em nome do bem coletivo podem cometer-se muitos abusos”, referiu Isabel Allende.
A escritora, que falava do seu escritório com vista para um lago, deixou um alerta: “pode chegar-se a situações como o fascismo, o nazismo, ou o comunismo que vigorou tantos anos na União Soviética. São sistemas de repressão”.
Para a autora que começa a escrever os seus livros sempre no dia 8 de janeiro, “sem liberdade individual não há criação, arte ou iniciativa”.
Na opinião da sobrinha de Salvador Allende, “as pessoas estão subjugadas”. Por isso, concluiu: “defender a liberdade espiritual, emocional, física e social, é muito importante.”
Declarações da escritora chilena Isabel Allende no Festival Literatura em Viagem que esta quarta-feira conta, também, com a participação de escritores como o angolano Ondjaki ou a poeta portuguesa Matilde Campilho.