O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), que se encontra este sábado em manifestação em Lisboa, foi recebido em Belém por consultores da Casa Civil.
Em nota na página da Presidência da República é referido que a organização sindical "apresentou as suas perspetivas sobre a situação profissional de docentes, técnicos especializados, técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais", tendo entregado informação que será transmitida ao Presidente da República.
Na sua intervenção esta tarde, o líder do STOP, André Pestana, disse esperar agora que o Presidente da República tome uma posição, caso contrário “estará a tomar o partido do agressor”. Após ter sido recebido por Isabel Alçada, assessora para a área da Educação, juntamente com representantes dos trabalhadores não docentes das escolas, a equipa apresentou os motivos que levam aos protestos e greves, iniciadas em dezembro do ano passado.
Isabel Alçada “limitou-se a tomar notas e é natural que assim seja”, contou André Pestana, à saída do encontro, acrescentando que esperam agora que o Presidente da República, Marcelo Recebo de Sousa, veja “as notas e tome posição”.
“Esperamos que sim, senão fica evidente que, perante uma grande injustiça, está a tomar o partido do agressor”, afirmou André Pestana em declarações aos jornalistas antes de subir para o camião, onde está a discursar perante as milhares de pessoas que participaram este sábado na terceira marcha organizada pelo STOP desde dezembro.
O sindicato fala em mais de 100 mil pessoas na manifestação que teve início em frente ao Ministério da Educação e terminou nos jardins em frente ao Palácio de Belém. O STOP exige um aumento mínimo de 120 euros para todos os que trabalham nas escolas. Os docentes pedem a devolução do tempo de serviço congelado e o fim das quotas e vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões.