A presidente do CDS-PP espera que o Governo faça uma "investigação exaustiva" à associação Raríssimas e, se se confirmarem as suspeitas de gestão danosa, accione os mecanismos legais.
As notícias divulgadas sobre a gestão da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras "são muito preocupantes, são muito graves, e aquilo que nós esperamos do Governo é que faça uma investigação exaustiva imediata", disse Assunção Cristas à agência Lusa.
Para a líder do CDS-PP, a confirmarem-se os factos divulgados no sábado pela TVI, que mostrou numa reportagem documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, serão situações "que não podem ser repetidas e devem ser accionados todos os mecanismos legais que sejam apropriados".
A presidente do CDS-PP afirmou ainda que o seu partido ficará "muito atentamente à espera dos esclarecimentos" que o Governo irá prestar após o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ter anunciado que vai "avaliar a situação" da Raríssimas e "agir em conformidade".
A reportagem divulgada no sábado coloca em causa a gestão da instituição financiada por subsídios do Estado e donativos.
Em causa estão suspeitas de que a sua presidente, Paula Brito e Costa, tenha alegadamente usado o dinheiro em compra de vestidos e gastos pessoais, entre outras irregularidades.
A direcção da Raríssimas divulgou um comunicado na rede social Facebook no qual diz que as acusações apresentadas na reportagem são "insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada", afirmando que as despesas da presidente em representação da associação estão registadas "contabilisticamente e auditadas, tendo sido aprovadas por todos os órgãos da direcção".
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que vai avaliar a situação, decisão com a qual o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa se congratulou considerando ser preciso "que se conclua se houve ou não ilegalidade ou irregularidade".