Estamos praticamente no fim de julho e há muitos portugueses de férias. Face ao panorama de pandemia, a região Centro – e, principalmente, o interior – foi privilegiada nas escolhas.
“Podemos apontar taxas de ocupação na ordem dos 100% em muito daquilo que são os nossos estabelecimentos turísticos”, afirma à Renascença o presidente do Turismo do Centro de Portugal.
Marialva, Serra da Estrela, Serra da Lousã e Aldeias do Xisto são alguns dos destinos onde os estabelecimentos turísticos apresentam taxas de ocupação “acima dos 90% e, em muitos, na ordem dos 100%”.
No caso das praias oceânicas – “estes 280 quilómetros que temos entre o município de Ovar até ao município de Torres Vedras” – as “taxas variam entre os 60% e os 70%”.
A tendência de ocupação por turistas nacionais já vem de outros anos (em 2019, a taxa de ocupação foi de 55%), mas intensificou-se neste, diz Pedro Machado.
“Temos, nalguns estabelecimentos, um mês de julho francamente melhor do que tivemos em 2019”, refere, apontando como uma das causas o facto de muitos portugueses, depois do confinamento, terem muita vontade de sair.
“E, em muitos casos também, parte da oferta só no mês do julho ficou disponível para que pudesse ser utilizada”, acrescenta.
O presidente do Turismo do Centro de Portugal nota ainda outra diferença sentida este ano face aos anteriores: os portugueses estão a reservar mais noites.
“Normalmente, tínhamos estadias mais curtas e, neste momento, estamos a assistir a um prolongamento do número de noites que os mesmos casais reservam em 2020 comparativamente a 2019”, afirma.
Na opinião de Pedro Machado, tal deve-se ao fator confiança. “Desde que haja esta perceção de segurança, de confiança no destino, os portugueses reservam mais noites”, defende.
Falar da região Centro é também falar também de incêndios, uma questão que tem prejudicado projetos de muitos municípios, mas para já sem grande influência nas reservas.
Em 2019, o Centro de Portugal registou mais de sete milhões e 100 mil dormidas.