O Sindicato Independente dos Médicos decidiu manter a greve ao trabalho extraordinário nos trabalhos de saúde primários.
“O Sindicato Independente dos Médicos mantém a greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários, enquanto o Governo se mantiver em funções”, diz à Renascença Jorge Roque da Cunha.
O presidente do sindicato revela que esta sexta-feira foi solicitada “formalmente ao senhor ministro da Saúde a reabertura do processo negocial”.
Roque da Cunha considera que “já que a dissolução não é imediata e o Governo ainda está em funções, ainda há uma janela de oportunidade para que alguns desses problemas possam ser mitigados”.
Também a FNAM entende que com o Governo em plenitude de funções, o Ministério da Saúde deve retomar, de imediato, as negociações com os sindicatos.
“Entendemos que continuamos a ter um interlocutor, não por muito tempo, mas ele existe. O governo existe, pode legislar, o Ministro da Saúde é o mesmo e pode decidir, e nada justifica ficarmos parados cinco meses até às eleições ou 12 meses para voltarmos a reunir com uma nova equipa ministerial”, disse à Renascença Joana Bordalo e Sá.
A FNAM reafirma o “apoio a todos os médicos que entregam as declarações de indisponibilidade para não fazer mais trabalho suplementar para além do limite anual das 150 horas” e apela à greve nacional e às manifestações em Lisboa, Porto e Coimbra.
"Nós não podemos nem vamos ficar parados. Por isso, vamos fazer greve nos dias 14 e 15 de novembro, e apelamos a toda a população e Comissões de Utentes que estejam connosco, que se juntem às nossas manifestações no Porto, Coimbra e Lisboa, em defesa do SNS e pelo respeito pelos médicos e pelos utentes", conclui Joana Bordalo e Sá.