O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insiste que PS, PSD e Presidente da República "procuram soluções", nas legislativas nacionais de 30 de janeiro, que garanta uma política de direita.
"PS, PSD e Presidente da República, cada um à sua maneira, em vez de procurarem soluções, buscam nestas eleições qualquer arranjo e saída que garanta o andamento da política de direita", declarou o líder dos comunistas, num encontro com militantes da CDU, em Ponta Delgada, no âmbito da pré-campanha eleitoral para as eleições legislativas nacionais antecipadas de 30 de janeiro.
Para Jerónimo de Sousa, é isso que "as forças e os interesses do grande capital, e da submissão aos interesses da União Europeia, querem, seja por via de uma qualquer ambicionada maioria absoluta ou qualquer arranjo que sirva este objetivo", em que "o piscar de olhos entre o PS e PSD é sinal claro".
O dirigente frisou que PS e PSD "andam a rumar para o mesmo lado, que é a política de direita" contra o aumento dos salários e das pensões, dos direitos dos trabalhadores e da defesa dos serviços públicos protagonizados pela política da CDU.
Jerónimo de Sousa disse que "não se combate a direita com quem estende a mão a essa mesma direita", sendo necessário, como em 2015, "garantir uma política verdadeiramente de esquerda, alternativa, que tenha como compromisso principal de defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo".
O líder da CDU afirmou que as eleições de 30 de janeiro são "uma oportunidade para com o voto na CDU ver saída para os problemas que afligem" os trabalhadores, como o acesso à saúde e à habitação.
Jerónimo de Sousa recordou que a CDU "contou, conta e contará para abrir caminho a uma outra política, para forçar soluções a que outros resistem ou recusam dar".
A CDU, frisou "contou para conseguir avanços quando outros queriam convencer que o país estava condenado a só conhecer o caminho da liquidação e roubo de direitos".
O secretário-geral do PCP manifestou-se contra o "engordar os grupos privados que estão à espreita, também na região [Açores] para parasitar recursos", tendo questionado o que seria dos portugueses, com a pandemia da covid-19, se não fosse o Serviço Nacional de Saúde e se se "tivesse esperado pelos grupos económicos da saúde, pondo em risco a própria vida".