A ministra da Agricultura e da Alimentação defendeu, no parlamento, que, “num futuro próximo”, a União Europeia tem de avançar com medidas conjuntas no que se refere às compras, apesar de não ter ainda demonstrado abertura relativamente a esta matéria.
“Desde a primeira hora que pedimos no Concelho de Agricultura e Pescas, em Bruxelas, medidas conjuntas no que diz respeito às compras, mas não houve abertura em relação a esta matéria”, referiu Maria do Céu Antunes, em resposta aos deputados, na Assembleia da República, esta quinta-feira.
Ainda assim, a titular da pasta da Agricultura e da Alimentação, que falava numa audição conjunta com as comissões de Agricultura e Pescas e Orçamento e Finanças, defendeu que “num futuro muito próximo, temos que avançar” nesse sentido.
A governante justificou esta posição com o facto de a Política Agrícola Comum (PAC) ter uma vertente de solidariedade entre todos os Estados-membros, tendo ainda em vista a criação de respostas do ponto de vista da autonomia alimentar e também para o cumprimento dos objetivos ambientais.
Assim, considerou ser “fundamental” assegurar também a vertente alimentar.
Após a segunda ronda, que contou com a intervenção de 31 deputados, a ministra reconheceu ainda ser importante “trabalhar na valorização da carne de caça”, para que esta não tenha que seguir para Espanha.
“A caça, sendo uma oportunidade de negócio, tem um problema de saúde pública associado e nós temos a obrigação de dar resposta. Esta tem também uma dimensão social e, para nós, é importante não fugirmos a este tema”, assinalou.