Pedro Pinho foi suspenso preventivamente pelo prazo máximo de 20 dias, pelo Conselho de Disciplina da Federação, devido a suspeitas de agressão a um jornalista. Em causa a investida do empresário de jogadores sobre um repórter de imagem da TVI, em Moreira de Cónegos, após o Moreirense-FC Porto, na segunda-feira.
Em comunicado, o Conselho de Disciplina informa que o processo foi enviado à Comissão de Instrutores da Liga e fica excluída a publicidade até ao fim da instrução.
As imagens transmitidas pela TVI mostram que o empresário dirigiu-se ao repórter e ouve-se ameaça de violência. "Dou-lhe um soco", disse Pedro Pinho ao jornalista, antes de o empurrar. O repórter pediu a intervenção da GNR, que terá identificado o agente de jogadores.
O episódio foi transversalmente condenado e Vítor Baía, administrador do FC Porto, pediu desculpas pelo incidente, ainda no local. Na quarta-feira à noite, em declarações ao Porto Canal, Pinto da Costa, que estava próximo de Pedro Pinho, censurou todos os atos de violência, mas sublinha que não viu qualquer agressão do empresário ao repórter da TVI.
"O que vi foi o senhor Pedro Pinho a querer tirar e tapar a câmara ao repórter de imagem que lá estava. Eu não vi nenhuma agressão, nem vi ainda nenhuma imagem em que se veja o senhor Pedro Pinho a agredir seja quem for. Não estou a dizer que houve ou que não houve. Agora, qualquer ato de violência, o FC Porto, e eu, particularmente, rejeito, censuro e não posso aceitar", declara.
Pedro Pinho esteve em Moreira de Cónegos, a convite do Moreirense, mas estava a acompanhar a comitiva do FC Porto.
No comunicado, publicado esta quinta-feira, o Conselho de Disciplina informa, ainda, que instaurou processo ao diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, "na sequência de participação disciplinar apresentada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, tendo por objeto declarações proferidas na comunicação social, sob o enfoque das ofensas à honra ou consideração de agentes desportivos".