Quatro jogadores do Rio Ave foram constituídos por, alegadamente, terem sido pagos para perderem um jogo. A informação está a ser avançada pela SIC.
Em causa estará a partida contra o Feirense da temporada passada, jogo disputado a 6 de Fevereiro e que o Rio Ave perdeu por 2-1.
Os nomes dos jogadores suspeitos de receberem dinheiro não foram divulgados.
Os atletas terão sido aliciados para a prática de resultados combinados por agentes ligados ao negócio do futebol.
Os intermediários terão conseguido milhares de euros de lucro em várias casas de apostas, segundo a SIC.
Na altura, o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa suspendeu as apostas para essa partida, dado o "volume atípico de apostas registados e ao risco financeiro envolvido", tendo sido noticiada uma alegada aposta de 100 mil euros de um apostador proveniente da China.
A Polícia Judiciária do Porto tem estado a investigar outros jogadores da I Liga por eventuais práticas ilícitas nas últimas épocas, acrescenta a SIC.
"Espanto e indignação" em Vila do Conde
O Rio Ave manifesta “espanto e indignação” com a notícia de que quatro jogadores do clube foram constituídos arguidos por receberem dinheiro para perder um jogo.
Em causa está o jogo Feirense-Rio Ave, de 6 de Fevereiro de 2017, que foi alvo de um volume anormal de apostas.
Em comunicado, o Rio Ave demarca-se dessa situação, refere que os elementos do clube notificados foram ouvidos pela Polícia Judiciária há seis meses e que não tem mais “qualquer informação” sobre o andamento do caso.
O clube de Vila do Conde adianta, em comunicado, que mantém “a total confiança nos intervenientes bem como o desejo de ver esta situação resolvida, indo até às últimas consequências para que a verdade seja totalmente apurada”.
Liga confia na justiça e no Rio Ave
Numa primeira
reacção a esta notícia, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP)
afirma em comunicado
que “jamais irá imiscuir-se naquilo que diz respeito aos órgãos de Polícia
Criminal e aos órgãos de disciplina desportiva”.
A Liga manifesta
“a sua total confiança nas Instituições e nas Sociedades Desportivas,
nomeadamente no Rio Ave FC, sempre consciente de que a integridade é um dos
valores fundamentais para as competições profissionais”.
A entidade liderada por Pedro Proença refere que o processo está em segredo de justiça e que já requereu o estatuto de assistente no caso, "razão pela qual irá continuar a aguardar tranquilamente o desenrolar do mesmo".