O vulcão de La Palma (Canárias) tem um índice de explosividade de magnitude dois, numa escala entre zero e oito, de acordo com o último relatório científico do Plano de Emergência Vulcânica de La Palma.
Na vulcanologia, a magnitude das erupções vulcânicas é medida na escala do índice de explosividade vulcânica (VEI), sendo o zero equivalente a uma erupção leve.
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, que cita o relatório, no domingo foi registado um aumento na frequência e intensidade da atividade explosiva, com durações de vários minutos, verificando-se a emissão de projeções balísticas decimétricas com alcance de até 800 metros.
A erupção de fissuras no vulcão Cumbre Vieja na ilha Espanha de La Palma, continua a apresentar um mecanismo estromboliano, isto é, um mecanismo de natureza mista, com fases explosivas que produzem depósitos piroclásticos e fases efusivas que produzem simultaneamente fluxos de lava.
Na segunda-feira, registou-se uma diminuição da atividade da lava expelida pelos dois centros emissores, separados por cerca de 600 metros do cone principal do vulcão.
Para Stavros Meletlidis, do grupo de vulcanologia do National Geographic Institute (IGN), "é preciso entender que o vulcão está a decorrer com o seu curso".
"É um fenómeno geológico, não se encaixa no nosso ritmo de vida. Para nós são coisas que parecem uma mudança repentina, mas estão dentro do que se espera", refere o responsável.
Stavros Meletlidis diz que "é preciso entender que o vulcão, dentro de um processo que nos destrói, também se autodestrói", exemplificando com o cone principal ou secundário que foi destruído na noite de domingo, podendo o vulcão construir amanhã um outro".