O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) anunciou esta quarta-feira uma greve na companhia Ryanair de, pelo menos, cinco dias em agosto.
A direção do SNPVAC refere, em comunicado, que se encontra ainda a estudar a data para realização da greve, “tendo em conta a comunidade emigrante e a diáspora portuguesa, para que estas não sejam demasiadamente penalizadas”.
Os tripulantes da Ryanair decidiram partir para a greve porque acusam a companhia de “nunca ter cumprido o protocolo celebrado com o Sindicato no passado dia 28 de novembro de 2018 e onde ficou estabelecida a obrigatoriedade do cumprimento integral da legislação laboral portuguesa até ao dia 1 de fevereiro de 2019, algo que, até ao presente não foi concretizado”.
O pessoal de voo reivindica pagamento de subsídio de Férias e de Natal, a passagem a efetivos de todos os tripulantes de cabine com mais de dois anos de serviço através de empresas de trabalho temporário em igualdade de condições, a atribuição dos 22 dias de férias mínimos obrigatórios por ano e o cumprimento integral da lei da parentalidade portuguesa.
Os trabalhadores não aceitam que “a lei portuguesa continue a ser totalmente desrespeitada”, mesmo depois de o Parlamento ter aprovado uma resolução que recomenda ao Governo que desenvolva diligências junto da Ryanair e respetivas agências de recrutamento.
“Face à intransigência da empresa, à falta de interesse e à total passividade do Governo português em garantir direitos fundamentais aos cidadãos portugueses que trabalham na Ryanair, os tripulantes de cabine da Ryanair viram-se obrigados a votar o regresso ao conflito laboral para que os seus direitos sejam respeitados e integralmente cumpridos pela companhia irlandesa", refere o sindicato.