Vila Franca. Utentes formam "cordão humano" para pedir mais médicos de família
27-01-2023 - 17:00
 • Lusa

Existem atualmente "entre 4.000 e 5.000 utentes" sem médico de família no Bom Sucesso e em Arcena.

Utentes do concelho de Vila Franca de Xira vão formar, no sábado, um "cordão humano" junto ao centro de saúde de Alverca para exigir mais médicos de família, disse fonte da organização.

A iniciativa começa às 10h30 e é organizada pelas comissões de utentes de saúde de Alverca e também do Bom Sucesso e Arcena, freguesias do concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa.

"Vamos continuar a lutar por quem não tem médico de família", afirmou Maria Pinto, membro da Comissão de Utentes de Saúde do Bom Sucesso e Arcena, à Lusa.

Segundo a representante, existem atualmente "entre 4.000 e 5.000 utentes" sem médico de família no Bom Sucesso e em Arcena.

De acordo com Vânia Hilário, também membro daquele movimento pela saúde, aquele número "melhorou", uma vez que em dezembro de 2022 registavam-se cerca de 7.000 utentes sem profissional de saúde atribuído.

Maria Pinto explicou que o centro de saúde do Bom Sucesso conta agora com mais uma médica de família.

Ainda assim, a falta de profissionais na região do Estuário do Tejo mantém-se, o que tem levado os utentes dos concelhos de Alenquer, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira a manifestarem-se e a pedirem mais médicos de família.

No caso de Vila Franca de Xira, o presidente da Câmara e os seis presidentes de Junta de Freguesia pediram, no dia 9 de janeiro, uma audiência urgente ao ministro da Saúde e ao diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde devido a esta carência.

Num ofício conjunto, os autarcas pediram que se criassem mecanismos públicos ou de colaboração com os privados e setor social para dotar os centros de saúde de meios capazes de garantir uma resposta adequada às necessidades da população.

No mesmo documento, recordam que, desde o início do ano, a Unidade de Saúde Familiar e o Centro de Saúde de Alhandra se encontram com 15.137 inscritos sem médico de família, enquanto no Forte da Casa 11.361 utentes não têm profissional atribuído.