Os resultados voltaram a ser escassos, no segundo dia de buscas, no âmbito do Caso Maddie, na margem de barragem do Arade, em Silves. Se na véspera ainda foi possível ver os inspetores a recolherem diversos vestígios do solo, nesta quarta-feira nem isso aconteceu – pelo que foi possível observar à distância.
Os trabalhos incidiram na desmatagem dos locais de mais difícil acesso na área das buscas, com recurso a roçadoras, serras elétricas e uma máquina de corte de ramos e outro material mais resistente que se encontrava no solo. Esses locais foram depois inspecionados, com o auxílio de cães. Mas nada de significativo foi encontrado.
Entretanto, soube-se que as buscas se vão prolongar, pelo menos, para esta quinta-feira.
Eventualmente este terceiro dia de trabalhos será quando os mergulhadores vão finalmente entrar em ação - até agora as buscas limitaram-se a terra, à pequena península com árvores na margem oeste do reservatório da barragem, onde se acredita que Christian Brueckner - o alemão apontado como o principal suspeito do desaparecimento da menina inglesa pelas autoridades germânicas - passou muito tempo enquanto viveu em Portugal.
As buscas, iniciadas na terça-feira, foram pedidas pelo Ministério Público alemão, na sequência da investigação que decorre naquele país ao desaparecimento de Madeleine McCann, em 2007, na Praia da Luz, Lagos. Brueckner, que se encontra preso, na Alemanha, pela violação de uma idosa norte-americana na mesma localidade algarvia, foi apontado, há cerca de um ano, como autor do rapto e homicídio de Maddie.
O alemão, que vivia no Algarve quando a menina desapareceu, tem afirmado a inocência mas o procurador Christian Woulters, titular do processo, já garantiu ter provas que apontam para Brueckner como o culpado, assim como afirmou a convicção de que Maddie foi morta pelo suspeito.