António Salvador, presidente do Sporting de Braga, pede a antecipação do processo de centralização dos direitos de transmissão televisivos e exortou a Liga de Clubes a conseguir aumentar “significativamente o valor global” dos mesmos.
Considerando os próximos anos como os “mais importantes da história do futebol profissional em Portugal”, António Salvador, que falava na abertura das Jornadas Anuais da Liga, que decorrem no Estádio Municipal de Braga, defendeu que o organismo tem uma “missão que não admite calculismos táticos ou interesses particulares” e enumerou alguns “grandes objetivos”.
O dirigente notou que “seria muito negativo que não fosse o futebol profissional e quem o lidera a fechar” o tema da centralização dos direitos televisivos, prevista para a época 2027/28, defendendo a importância de “concluir e, se possível, antecipar” esse processo, “aumentando significativamente o valor global” desses mesmos direitos.
“Seria também muito preocupante que a liderança do futebol profissional não o conseguisse”, frisou.
O líder dos minhotos destacou ainda a intenção de “aumentar a competitividade interna e externa” do futebol profissional, considerando importante que a participação das equipas portuguesas nas competições europeias “não esteja limitada a quatro representantes”, numa referência implícita a Sporting de Braga, Benfica, FC Porto e Sporting.
Renovar e modernizar instalações, renovar e modernizar a forma de contacto com os públicos, reforçando o posicionamento do futebol profissional não apenas na indústria do desporto, mas também na indústria do entretenimento, foi outra das sugestões deixadas pelo presidente do Sporting de Braga.
Por outro lado, o presidente da LPFP, Pedro Proença, fez a abertura das Jornadas e não desfez o tabu sobre a sua recandidatura.
Em vésperas de eleições para um novo mandato na Liga de clubes para o quadriénio 2023/27 – o escrutínio deve decorrer em junho -, António Salvador frisou que os “enormes desafios que o futebol profissional tem pela frente reclamam uma liderança convicta, um rumo firme e uma estratégia sem hesitações”.
Para Salvador, a LPFP deve afirmar-se “cada vez mais, como uma entidade que tem como principal objetivo gerar e distribuir valor”.
A conclusão do processo de centralização dos direitos televisivos “é um momento de profunda mudança no nosso ecossistema e que deve marcar, igualmente, uma nova era na Liga enquanto estrutura e enquanto organização”