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A Direção-Geral da Saúde e o Infarmed estão a acompanhar os estudos internacionais que vão sendo feitos sobre a aplicação de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.
A garantia é dada nesta quinta-feira pela diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o estado da pandemia em Portugal.
Graça Freitas diz que, para já, as autoridades portuguesas de saúde não recomendam a utilização daquele medicamento, normalmente usado no tratamento da malária, para a Covid.
“A DGS e o Infarmed estão a acompanhar a situação e, por enquanto vamos ser cautelosos e não vamos recomendar a utilização em Portugal”, afirmou aos jornalistas.
A pergunta surgiu na sequência do anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que iria retomar os ensaios clínicos com a hidroxicloroquina, com a participação de mais de 3.500 pacientes voluntários de 35 países.
“Vamos continuar a aderir aos ensaios, já estávamos incluídos neles, mas vamos manter uma posição de precaução em relação à sua utilização”, reforçou Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde garantiu ainda que as autoridades portuguesas acompanham “todos os dias tudo o que se está a passar em todo o mundo sobre este medicamento, para que possa ser utilizado com segurança no âmbito da Covid-19”.
A hidroxicloroquina é um antimalárico que se tem mostrado importante no tratamento de alguns doentes com Covid, mas que também já desencadeou efeitos secundários como arritmias e aumento do risco de morte.
Por causa de um estudo publicado na revista médica britânica “The Lancet”, que apontava para efeitos prejudiciais da hidroxicloroquina, a OMS anunciou, em 25 de maio, a suspensão dos ensaios clínicos.
Contudo, na quarta-feira, dia 3 de junho, retomou os estudos, com vista a “controlar a segurança” da utilização do medicamento em doentes infetados com o novo coronavírus.