A inspetora Geral da Administração Interna (IGAI) garante que no processo dos festejos do sporting todos os factos foram investigados e que a atuação da PSP foi “a possível e adequada”.
Ouvida a pedido do CDS na Primeira Comissão, no Parlamento, Anabela Cabral Ferreira lembra que a inspeção “goza de autonomia e isso significa que não pode, nem deve, nem nunca o fará branquear condutas”.
“O branqueamento pode passar por diversos fatores, designadamente, podia passar pela omissão no relatório de factos que tivessem sido investigados e apurados. O que posso garantir ao senhor deputado é que isso não aconteceu, todos os factos ocorridos estão no relatório. Não há factos que tenhamos apurado e que não constem do relatório”, assegura.
Nesta audição, a responsável recusou sempre qualquer avaliação ou comentário político e explicou que coube à IGAI avaliar unica e exclusivamente a atuaçao policial.
“O quadro que se deparava à Polícia de Segurança Pública era um quadro de manifestação junto ao Estádio José Alvalade e um quadro de um grande ajuntamento de pessoas junto ao Marquês de Pombal. Dentro deste quadro, a atuação da PSP foi a possível e adequada”, diz.
Anabela Cabral Ferreira revela ainda que dos incidentes que ocorreram em maio deste ano, durante o festejo do campeonato por parte do Sporting Clube Portugal, resultaram três processos.
“Houve duas queixas criminais feitas por pessoas que estavam quer no Estádio José de Alvalade, quer no Marquês de Pombal que deram origem a dois processos crime. Estamos a ouvir testemunhas, estamos a ouvir os eventuais lesados”, descreve. A inspetora geral refere ainda que “há outra queixa que se refere a um cidadão que parece ter sido ferido com mais gravidade”.
“Foi aberto um inquérito para apreciar se nestes três casos concretos houve excesso de força ou uso desadequando da força”, remata.
Na noite de 11 de maio, houve confrontos entre polícia e adeptos no Marquês do Pombal. Na altura foram detidas três pessoas, identificadas três dezenas e registaram-se vários feridos.