O primeiro-ministro afirmou, esta quarta-feira, que a companhia de aviação alemã Lufthansa é bem-vinda ao futuro processo de privatização da TAP. O chanceler germânico defendeu que as duas empresas podem complementar-se em termos estratégicos.
Estas posições foram assumidas por António Costa e Olaf Scholz em conferência de imprensa, em São Bento, após uma reunião entre ambos de cerca de uma hora e depois de questionados sobre a possibilidade de a Lufthansa entrar no futuro processo de privatização da TAP.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, que esta quarta-feira também participa no jantar comemorativo dos 50 anos da fundação do PS na qualidade de dirigente do SPD (sociais-democratas germânicos), considerou que a estratégia das duas companhias aéreas "é complementar".
Olaf Scholz disse mesmo acreditar que, se não fosse a pandemia da Covid-19, a partir de março de 2020, "já poderiam existir factos consumados nesse domínio", numa alusão às negociações em que a Lufthansa esteve anteriormente envolvida.
Antes do chanceler alemão, o primeiro-ministro português referiu que, em breve, vai iniciar-se o processo de privatização da TAP.
"Nas pré-consultas ao mercado verificámos que há várias empresas que manifestaram interesse, entre elas a Lufthansa. Sabemos que o interesse da Lufthansa não é recente, já que antes da covid-19 tinha estado em negociações com o [então] acionista privado [da TAP] para tomar uma posição", observou.
António Costa frisou que o Estado Português "tem de assegurar um processo transparente" no processo de privatização, "onde todos partem em posição de igualdade".
"Mas, obviamente, a Lufthansa é muito bem-vinda, é uma grande companhia aérea. Tem uma estratégia de grande complementaridade relativamente ao hub da TAP. No entanto, todos estão no mesmo ponto na linha de partida", realçou.