A CP está a sofrer "dores de crescimento". É o que defende o secretário de Estado para as Infraestruturas, Guilherme d'Oliveira Martins, em declarações à Renascença, em reação à notícia avançada esta quarta-feira pelo jornal "Público", a dar conta de que a empresa ferroviária está à beira do colapso e a ficar sem comboios.
Para Guilherme d'Oliveira Martins, as "dores de crescimento" da empresa são causadas pela maior procura do transporte ferroviário e pelo desinvestimento dos anteriores Governos.
"A procura também tem aumentado, e este aumento de procura reflete-se nestas dores de crescimento por parte da CP. Há uma necessidade de ajustamento. Há dados que têm de ser tidos em conta, por um lado o desinvestimento, que é um dado negativo, mas por outro o dado positivo da procura, que reflete que os passageiros procuram mais o modo ferroviário para se deslocar", explica.
O secretário de Estado das Infraestruturas garante também que estão a ser implementadas medidas para que as necessidades dos utilizadores não sejam afetadas pela atual situação.
"Estamos a trabalhar em conjunto com a CP, para que estas questões que são citadas pela CP, do ponto de vista de material circulante envelhecido, não afecte as necessidades das pessoas. É esse o trabalho que estamos a fazer", diz.
Estas duas grandes medidas, reforço do pessoal da manutenção e aquisição de novo material, constam do Programa Ferrovia 2020, elaborado pelo Governo e em curso desde 2016.