Washington ameaçou este domingo o Irão com "graves consequências" se os seus cidadãos forem "atacados", após o anúncio de Teerão de sanções contra cerca de 50 norte-americanos por envolvimento no ataque que matou o general Qassem Soleimani.
"Se o Irão atacasse qualquer um dos nossos cidadãos, incluindo uma das 52 pessoas nomeadas ontem, enfrentaria graves consequências", disse o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, num comunicado citado pela agência France-Presse.
Jake Sullivan afirmou ainda que "os Estados Unidos da América protegerão e defenderão os seus cidadãos", o que "inclui aqueles que atualmente servem os Estados Unidos e aqueles que o serviram no passado".
No sábado, Teerão acrescentou mais de 50 cidadãos norte-americanos a uma lista de pessoas acusadas de terem participado, de alguma forma, na tomada de decisão ou na organização da morte do poderoso general iraniano Qassem Soleimani, comandante da Força Qods, dos Guardas da Revolução, força de elite da República Islâmica.
As novas sanções foram anunciadas por Teerão alguns dias depois do segundo aniversário do assassínio de Soleimani, num ataque com um 'drone' (avião não tripulado) junto ao aeroporto de Bagdade, sob ordem do então Presidente norte-americano Donald Trump.
Entre os sancionados estão o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Mark Milley, e a antiga embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas Nikki Haley.
"Parece que terei de cancelar as minhas férias relaxantes no Irão...", ironizou Nikki Haley, numa publicação no Twitter.
Na segunda-feira, o presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, ameaçou com vingança os antigos líderes norte-americanos, incluindo Donald Trump, por ocasião de um comício em Teerão para assinalar o aniversário do assassínio do general Soleimani.